Sim, sou um muro, não de pedra e cimento, mas de carne e
osso.
Muro pixado. As pessoas sempre sabem tudo sobre mim, dizem
que sou assim ou assado, que sabem o que sinto, que, ao me ver já sabem como eu
estou. Às vezes acho que seria uma janela então, de tão transparente assim...
Muro das lamentações. Sentar ao meu lado e falar da vida, ah
que coisa normal, e fala, fala, fala, sem se importar em ouvir, lamentam,
reclamam, se dão a resposta e no final um tapinha nas costas para agradecer.
Muro para segurança. Quando se sentem sozinhas, algumas
pessoas se aproximam para se protegerem nas minhas costas, me fazendo ser uma
fora de as esconder, ops, proteger. Seria melhor ser escudo então.
Muro para apoiar. Simples, chegam e se apóiam, vem com a
ideia pronta, “jogam” essa ideia na minha frente esperando “tá muito bom, faça”
como se apóiam em um muro para conversar ou ver a vida passar.
Muro despedaçado. É praticamente assim que chego ao fim do
dia, um muro sem pedaços, sem forças, sem animo, uma coisa que fora usada da
forma mais incorreta possível.
Muro, parede, concreto, cimento, e eu não, eu sou feito de
sangue, pele, sentimento. Muro que quebra e cai, muro que a vida atrai. Muro.
"muro que a vida traí"
ResponderExcluirtraídos pela vida,
pessoas e sentimentos
atraído por uns,
por todos ou nenhum
eles pensam que sabe de nós,
quando na verdade não sabem
de nada!
dentrodabolh.blogspot.com
Muito bom! Um desabafo metafórico, haha. Inteligente de sua parte.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirVim até aqui, para lhe desejar um Dia das Mães, com alegria. ( domingo - 11/05 ).
Independente, de ser ou não, um tempo de saudade ( é o meu caso ). Os meus desejos de saúde e paz.
Abraços.