Eu já quis viver para sempre, eu já quis morrer no segundo
seguinte, eu já quis.
Faz um tempo que não sei o tempo que quero viver, não sei o
tempo que há para eu viver.
Viver intensamente? Sim é o que faço, mas...
Quando eu era criança, um choro e tudo se resolvia, minha
mãe vinha, me abraçava e dizia angelicalmente “calma, ta tudo bem, foi só um
sonho” e aquele escudo de carne e osso me fazia retomar a vida.
Hoje eu choro, todo dia, e meu escudo sou eu mesmo. Penso
que seja Deus também mostrando que podia ser pior. Ou melhor. Ou não ter.
Não sei porque sou assim, não terei esse resposta, nunca a
terei, será que a terei um dia?
Musica, ar, futebol, gente, conversa, loucura. O que me
rege? O que me satisfaz? O que?
Vencer, perder e empatar. Ter e não ter.
Querer morrer é pecado? Mas viver pecando não é pior?
Sorriso e choro, ou cara fechada e alegria interna.
Escrevi isso ouvindo duas bandas que não me dizem muita
coisa, Queen e Nirvana, e percebi que os dois vocalistas estão mortos. Coincidência?
O que é coincidência?
O que realmente é planejado? Cozinha, quarto, banheiro ou a
vida?
Vida planejada “nascer, crescer, viver e morrer” simples né?
Eu sou simples e gero complexos. E quando sou complexo só
quero um sorriso.
Não quero mais nada, viver nem morrer, correr ou parar,
cantar ou ...
Já desisti de ser uma pessoa só, já desisti de ser uma
multidão, quero não querer mais nada.
Perdi. Esse é o fato, eu que não sei perder perdi. Perdi meu
medo, minhas inseguranças, perdi minha alegria, perdi minha tristeza, sim eu
perdi. E sei que não ganharei de novo. Sim eu sei.
Fase boa, fase ruim, fase da lua, fase positiva ou negativa,
fase, que fezes.
Sei não, acho que nunca fui normal e ninguém percebeu, e
agora eu cai em mim, eu cai na real, cai da cadeira, cai da internet, cai.
Quero subir mais não, quero sorrir mais não, quero não. Quero.
Não.
Quando eu estiver cantando, rezando, chorando, falando,
jogando, perdendo, sendo, vivendo, simplesmente não fale nada, é meu momento, o
momento em que tento me expressar.
Me deixe fazer minhas loucuras ou sanidades, deixe me ser
criança ou idoso, deixe me ser. Não me deixe. Me deixe livre.
Não faço para me mostrar, eu me mostro sem querer, sem
perceber, alias, todos me percebem, e nem sei por que.
O pior de tudo é que acabei o texto ouvindo uma musica que
amo, que é do Cazuza, cantada pelo Renato Russo, mais dois que se foram.
Pra onde eu vou? Não me siga, não siga minhas pegadas, elas
podem ter sido feitas de trás para frente, elas podem ter sido feitas por outra
pessoa, afinal, não faço nada muito certo não.
Viver ou morrer? Morrer ou viver? Ser ou não ser, eis a
questão
(texto feito há tempos e programado para entrar no ar as 21:45 de 04/07/13, não pergunte o porque)
(texto feito há tempos e programado para entrar no ar as 21:45 de 04/07/13, não pergunte o porque)
MUITO bom. Entendo seu desabafo, essa infinita dúvida que abrange o ser humano.
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