Futebol sem locutores, por favor.

Eu sou de um tempo em que não se passava tanto futebol na TV. Cresci ouvindo Osmar Santos e Fiori Gigliotti narrando os jogos na radio. A TV, quando passava, era semi final e final de campeonato e olhe lá.

E percebeu-se que o futebol poderia dar audiência e o que fizeram? Levaram tudo que é partida para a TV. Lembro de uma época que a rede Bandeirantes passava jogos do campeonato Carioca de segunda-feira, com isso “todo dia era dia de futebol”, a rede Globo passava jogos do Campeonato Italiano aos domingos de manhã, com a narração do “jovem” Luciano do Valle, o bi campeonato do São Paulo na Libertadores da America foi transmitida pela rede Gazeta de televisão, com a narração do também “jovem” Galvão Bueno, nessa época ninguém ligava para a Libertadores que hoje, para o Corinthians, é o maior sonho de consumo.

Citei 4 narradores, os dois primeiros não estão na ativa, Osmar, um dos melhores do mundo, sofre um acidente e está vivendo numa cadeira de rodas, e Fiori faleceu em 2006, os outros dois continuam contra tudo e contra todos.

Luciano do Valle se confundi com coisas simples nas narrações que chega a confundir a bola com a lua... não sei se o “craque” Neto tem culpa nisso, mas assistir a um jogo com a narração dele é algo inviável hoje em dia.

Já Galvão, a voz que somos obrigados a ouvir em tempos de Copa do Mundo, é uma anedota pronta. Talvez por estar na “toda poderosa” tenha que engolir muitas criticas, mas é gênio em falar bobeiras também, as vezes fico imaginando ele e o Neto juntos, meu Deus, deve ser pior que o Patati Patata fazendo palhaçada.

Mas o lance desse post é comentar sobre os narradores, ou locutores, de futebol. Está difícil ver na TV aberta, se você tem TV por assinatura, e tem a sorte de ter uma ESPN deve se sentir um privilegiado, pois la se narra e comenta com seriedade, pois a Sportv é pior que os dois citados.

Mas é por essas e outras que hoje, mesmo com imagens em HD, eu prefiro o rádio, lá sim tem emoção.